29 de setembro de 2013

Você é uma delas. Perfeccionista, sim, e ao extremo. Perfeita, não, e eu agradeço. Os astrólogos também dizem que você é corajosa, tem senso de responsabilidade e uma ansiedade incontrolável, porém maquiada. Dizem que você é forte por fora e se morde por dentro, que você é crítica e não gosta de demonstrações dramáticas de amor ou aquelas promessas sentimentais exageradas – sejam elas quais forem. Dizem ainda que você tem a mente pura, mas não é ingênua; tem os gestos calculados, mas não é fria; e até nas brigas mais indelicadas, prefere resolver tudo no tato, no ato, com a delicadeza nata que os astros naquele mês de setembro, de um ano que eu prefiro preservar, fizeram nascer em você. É isso que os astrólogos dizem. E deve ser por isso que eu também te amo. Por você não se cegar facilmente por qualquer amor. Por você ser terrivelmente prática e ao mesmo tempo divinamente romântica, mesmo sem conseguir demonstrar sempre o que realmente sente por dentro: e, às vezes, parecer fria: mas eu sei que é delicada e quente. Por você conseguir enxergar uma lógica em tudo – até mesmo nas paixões mais confusas. Por você saber sofrer calada e ao mesmo tempo não gostar de chorar essas lágrimas por muito tempo. Enfim: por você existir. Os astrólogos se calam. Agora quem fala é a poesia. 
[Para você que nasceu em setembro; antônio]
Eu me chamo Antônio

22 de setembro de 2013

Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode se monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação. E, estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de "pra sempre". Muitas vezes o "pra sempre" não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio de mudar.

- Martha Medeiros
Às vezes a gente olha para nossa vida e parece que somos como árvores... Passamos por estações em que as folhas estão tão verdes, os frutos estão tão bonitos, as flores... Às vezes também passamos por invernos, olhamos para nós e dá uma tristeza. Parece que acabou, parece que morreu (...) Será que ainda há esperança dentro de nós para esta árvore seca? Sim. Há a esperança da próxima estação. A primavera vai chegar, com suas folhas, com suas cores, com seus frutos, com a sua beleza, porque a vida permanece no nosso interior. E não importa a estação, não importa a seca, sempre há esperança.

10 de setembro de 2013

“Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles.E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada será por acaso.”
— Tati Bernardi. #
“Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.”
(Ana Jácomo)
As pessoas mudam sem aviso prévio. Deixam de gostar, de querer e de pensar como antes.
E quando a gente se acostuma com o que era antes, a gente se surpreende com qualquer sinal de mudança. Foi o que aconteceu comigo.
Achei que sabia quem você era e para onde iria. E achei, inclusive, que te acompanharia.
Hoje, não sei quem você é e nem onde está.
Hoje, sou o que você talvez você não possa mais enxergar ou alcançar. Porque no fundo eu também mudei e não deu tempo de avisar.