10 de julho de 2015



Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela.

Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo, em cada praia renascendo outra.

Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento, servo e senhor, e sou mistério.

A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu.

Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério.

Lya Luft